Crédito da imagem: http://philgamer.files.wordpress.com/2009/03/dark_alley.jpg
Enquanto os mostros enfumaçados,
enormes e pesados
tomam a cidade com seus rosnares
em uma entrada de ruela
entre lixo, asfalto e grades
percorrem vultos interessados
vagabundos, putas e viciados
Não me pergunte...
Não sei como isto foi acontecer
Todas minhas seguranças tornaram-se foscas
como a luz destas calçadas
brisa inebriante das madrugadas
meu sentimento de nada conta
a solidão dos passos faz divagar
e esta luz neon aponta
para a entrada do próximo bar
Não sei como isso foi acontecer...
Não me pergunte
E todo o álcool não basta, todavia
néctar que alivia e angustia
que junto da vida se esvazia
companheira única e indissociável
a garrafa permanece omissa
e a dor se torna menos palpável
Por Favor, não me pergunte
Não sei como tudo isso foi acontecer
domingo, 9 de maio de 2010
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Miguel,
ResponderExcluirAgradeço pelos comentários que deixastes no meu blog! Também carregas nos dedos um punhado de perspectivas poéticas! Só, 'Por favor, não me pergunte, não sei como tudo isso foi acontecer'.
Abraços,
Adorei os outros escritos: Virgínia, Ritmo da noite,
ResponderExcluirde uma beleza exuberante,
vinda de interiores