quinta-feira, 20 de maio de 2010

Ao frio

Da brisa que congela, foge a palavra. 
As gravidades do clima ameaçam-lhe o movimento, transgridem-lhe o pulsar.
Para a rima violada, resta o conformismo de morrer em hipotermia.

Mas tu, que és fogueira da inspiração, promete abrigo ao verbo.
Adjetivo e advérbio, ao fio da noite ou ao estalar do amanhecer, bebem do café quente de tuas idéias e em tua alma se esquentam.

Belo este fogo de Prometeu que tens na ponta dos dedos!




Dedicado a uma já iniciada amizade.



2 comentários:

  1. Miguel,

    Na primeira vez que percorri este escrito, senti que ele queria falar algo para mim. Instantes partiram e logo depois surge teu recado! Bá, estou encantada com o que li!

    Mas tu, que és fogueira da inspiração, promete abrigo ao verbo.

    Faltam-me palavras precisas para agradecer a este escrito! Posso colocar no meu blog?

    Abraços,

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  2. E o verbo quente, incandescente, afaga.

    Linda dedicatória!

    Beijo

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